Para o almoço, arroz,
feijão, salada de alface e bife acebolado. No lanche da tarde, pão
na chapa, broa de fubá e café com leite. No bar com os amigos,
cerveja e bolinho de bacalhau. E no jantar, macarrão e vinho do
porto. Mesmo com tamanha influência europeia, até certo tempo
atrás, era isso que se esperava do cardápio verde-amarelo. No
entanto, a chegada do século XX marcou uma nova fase na dieta do
brasileiro. O tão falado american way of life trouxe não só
a música americana, mas também o temido trash food.
Balas são ricas em açúcar e corantes (Foto: Matheus Pinheiro) |
Biscoitos possuem sal, açúcar e gordura trans (Foto: Matheus Pinheiro) |
Doces, balas,
salgadinhos, batata chips, chocolate, hambúrgueres e refrigerantes.
Exemplos do “lixo alimentar” que têm se alojado cada vez mais na
cultura brasileira. Somente nos últimos 30 anos, o número de obesos no Brasil quadruplicou, o que traz inevitavelmente consequências
negativas para a saúde nacional.
Mas cá entre nós, há
momentos em que é praticamente impossível resistir a um hambúrguer
duplo com cheddar, ou o prazer de uma barra de chocolate. Aí fica
aquela pergunta no ar: ceder a tentações como essas é o mesmo que
jogar toda uma dieta por água abaixo?
Bruno e Dulcinéia em meio a inúmeros doces. (Foto: Matheus Pinheiro) |
Esse tipo de dilema é
vivido por inúmeras pessoas que lidam diariamente com essas
guloseimas. Bruno e Dulcinéia trabalham em uma doceria e não
conseguem segurar a paixão por doces. “Quando a vontade bate eu
acabo comendo. A consciência pesa um pouco mas não tem jeito, é
inevitável”, diz Dulcinéia, que é caixa do estabelecimento há
seis anos.
O mesmo acontece com a
vendedora Ligia da Silva. A juiz-forana, de 36 anos, trabalha há 16
vendendo hambúrgueres na sua lanchonete. Ela alega que come
sanduíche todo dia e, por incrível que pareça, nunca teve
problemas de saúde. “Faço exames periodicamente e caminho todo
dia, por isso estou dentro do peso indicado para a minha altura”,
comenta Ligia.
Parece impossível, mas
não é. Prova disso foi a experiência de um americano que passou 90
dias se alimentando somente de fast-food e emagreceu 16
quilos. John Cisna, que é professor nos EUA, mostra que perder peso
é uma questão de matemática e conciliou essa dieta polêmica com
exercícios físicos diários. O resultado foi surpreendente.
Outro exemplo é o do
aposentado José Luiz Narciso. Ele perdeu 45 quilos nos últimos três
anos apesar de uma alimentação que inclui feijoada e rabada. O
segredo de cair dos 135 quilos para a casa dos 90 está na entrevista
cedida por ele. Confira no áudio abaixo.
Entrevista José Luiz
Entrevista José Luiz
Apesar da possibilidade
de emagrecer com base no trash food, é preciso ter em mente
que o melhor caminho a ser seguido é o da alimentação saudável.
Mas não sejamos xiitas. Basta ter uma dieta balanceada que será
possível perder peso sem grandes sacrifícios. A nutricionista
Adélia Costa explica no vídeo abaixo a importância do bom senso
para manter a plena saúde do corpo.
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