terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lixo no lixo?

A tentação do trash food no dia a dia do brasileiro

Para o almoço, arroz, feijão, salada de alface e bife acebolado. No lanche da tarde, pão na chapa, broa de fubá e café com leite. No bar com os amigos, cerveja e bolinho de bacalhau. E no jantar, macarrão e vinho do porto. Mesmo com tamanha influência europeia, até certo tempo atrás, era isso que se esperava do cardápio verde-amarelo. No entanto, a chegada do século XX marcou uma nova fase na dieta do brasileiro. O tão falado american way of life trouxe não só a música americana, mas também o temido trash food.

Balas são ricas em açúcar e corantes
(Foto: Matheus Pinheiro)
Biscoitos possuem sal,
açúcar e gordura trans
(Foto: Matheus Pinheiro)


Doces, balas, salgadinhos, batata chips, chocolate, hambúrgueres e refrigerantes. Exemplos do “lixo alimentar” que têm se alojado cada vez mais na cultura brasileira. Somente nos últimos 30 anos, o número de obesos no Brasil quadruplicou, o que traz inevitavelmente consequências negativas para a saúde nacional.

Mas cá entre nós, há momentos em que é praticamente impossível resistir a um hambúrguer duplo com cheddar, ou o prazer de uma barra de chocolate. Aí fica aquela pergunta no ar: ceder a tentações como essas é o mesmo que jogar toda uma dieta por água abaixo?

Bruno e Dulcinéia em meio a inúmeros doces.
(Foto: Matheus Pinheiro)
Esse tipo de dilema é vivido por inúmeras pessoas que lidam diariamente com essas guloseimas. Bruno e Dulcinéia trabalham em uma doceria e não conseguem segurar a paixão por doces. “Quando a vontade bate eu acabo comendo. A consciência pesa um pouco mas não tem jeito, é inevitável”, diz Dulcinéia, que é caixa do estabelecimento há seis anos.


O mesmo acontece com a vendedora Ligia da Silva. A juiz-forana, de 36 anos, trabalha há 16 vendendo hambúrgueres na sua lanchonete. Ela alega que come sanduíche todo dia e, por incrível que pareça, nunca teve problemas de saúde. “Faço exames periodicamente e caminho todo dia, por isso estou dentro do peso indicado para a minha altura”, comenta Ligia.

Parece impossível, mas não é. Prova disso foi a experiência de um americano que passou 90 dias se alimentando somente de fast-food e emagreceu 16 quilos. John Cisna, que é professor nos EUA, mostra que perder peso é uma questão de matemática e conciliou essa dieta polêmica com exercícios físicos diários. O resultado foi surpreendente.


Outro exemplo é o do aposentado José Luiz Narciso. Ele perdeu 45 quilos nos últimos três anos apesar de uma alimentação que inclui feijoada e rabada. O segredo de cair dos 135 quilos para a casa dos 90 está na entrevista cedida por ele. Confira no áudio abaixo.

Entrevista José Luiz

Apesar da possibilidade de emagrecer com base no trash food, é preciso ter em mente que o melhor caminho a ser seguido é o da alimentação saudável. Mas não sejamos xiitas. Basta ter uma dieta balanceada que será possível perder peso sem grandes sacrifícios. A nutricionista Adélia Costa explica no vídeo abaixo a importância do bom senso para manter a plena saúde do corpo.




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