terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Capricha no Wasabi!

Culinária japonesa é sucesso no país mas enfrenta problemas com mão de obra


Prato com peças variadas da culinária japonesa (Foto: Matheus Pinheiro)


É inevitável. Quando se diz a palavra “Japão” a primeira imagem a vir na cabeça é a do famoso peixe cru envolto em arroz. Não tem jeito, mesmo com tantos Godzillas, mangás e animes para se fazer referência, nada supera o Sushi quando o assunto é representar o país do sol nascente. E para saber mais sobre esse prato é preciso fazer uma viagem até oséculo 4 a.C.. Nessa época, os camponeses usavam o arroz somente como forma de conservar a carne do peixe por um tempo maior.

2400 anos depois, a culinária, antes local, se torna um sucesso no mundo inteiro. Desde grandes capitais a cidades de menor porte, todas se renderam ao tempero nipônico e a forma totalmente diferente de cozinhar dos japoneses. Para se ter ideia, somente na cidade de São Paulo, há mais restaurantes japoneses do que churrascarias. E como já era de se imaginar, a combinação entre algas, arroz e salmão chegou a Juiz de Fora e se tornou um dos principais nichos do mercado gastronômico da região.

Diogo Garcia é proprietário de um dos restaurantes da cidade. Ele tem o empreendimento há oito meses, mas aprecia a culinária oriental há mais de dez anos. “Eu já tinha interesse há bastante tempo e a motivação era a melhoria na qualidade de vida das pessoas, auxiliando-as a ter uma alimentação mais saudável. Outro fator que influenciou é o aumento do gasto com alimentação fora de casa, aliada a oportunidade que o mercado abriu para a entrada desse tipo de estabelecimento”, comenta Diogo.

Wellington é sushi-man há um ano (Foto: Matheus Pinheiro)
 No entanto, um dos principais problemas no ramo é encontrar mão de obra qualificada. Por se tratar de uma gastronomia vinda de outro país é necessário ter um estudo diferenciado. É o que conta o sushi-man Wellington Barbosa. O juiz-forano de 19 anos fez um curso de quatro meses para se capacitar na área, “antigamente não havia essa formação, a pessoa tinha que buscar fora da cidade. Mas com o surgimento do curso de gastronomia aqui na cidade, alunos já formados hoje dão essas capacitações e nos auxiliam bastante”, comenta Wellington.


Tibério Silva, que é coordenador do curso de gastronomia do CES JF, acredita que um dos principais atrativos da comida japonesa está no visual dos pratos e no sabor diferenciado, “é uma gastronomia que prima pela simplicidade, beleza e frescor. Ela não é difícil, mas requer muita atenção e habilidade de corte, carinho e senso de estética. Outra diferença é que ela preserva o gosto inerente de cada produto. Diferente da ocidental em que há uma composição de temperos para que assim surja algo novo”.

Para o professor, outro fator que influencia no sucesso da gastronomia nipônica no brasil é a adaptação de determinados ingredientes para o paladar ocidental. Confira mais no vídeo abaixo.




O juiz-forano Hugo Ribeiro morou por dois anos no Japão e vê uma grande diferença entre a comida japonesa feita no Brasil e a que é consumida na terra do sol nascente. Porém, isso não o impede de ser um grande apaixonado pela comida japonesa. Seja aqui na terra do samba, ou no país dos samurais. Confira nessa entrevista.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Lixo no lixo?

A tentação do trash food no dia a dia do brasileiro

Para o almoço, arroz, feijão, salada de alface e bife acebolado. No lanche da tarde, pão na chapa, broa de fubá e café com leite. No bar com os amigos, cerveja e bolinho de bacalhau. E no jantar, macarrão e vinho do porto. Mesmo com tamanha influência europeia, até certo tempo atrás, era isso que se esperava do cardápio verde-amarelo. No entanto, a chegada do século XX marcou uma nova fase na dieta do brasileiro. O tão falado american way of life trouxe não só a música americana, mas também o temido trash food.

Balas são ricas em açúcar e corantes
(Foto: Matheus Pinheiro)
Biscoitos possuem sal,
açúcar e gordura trans
(Foto: Matheus Pinheiro)


Doces, balas, salgadinhos, batata chips, chocolate, hambúrgueres e refrigerantes. Exemplos do “lixo alimentar” que têm se alojado cada vez mais na cultura brasileira. Somente nos últimos 30 anos, o número de obesos no Brasil quadruplicou, o que traz inevitavelmente consequências negativas para a saúde nacional.

Mas cá entre nós, há momentos em que é praticamente impossível resistir a um hambúrguer duplo com cheddar, ou o prazer de uma barra de chocolate. Aí fica aquela pergunta no ar: ceder a tentações como essas é o mesmo que jogar toda uma dieta por água abaixo?

Bruno e Dulcinéia em meio a inúmeros doces.
(Foto: Matheus Pinheiro)
Esse tipo de dilema é vivido por inúmeras pessoas que lidam diariamente com essas guloseimas. Bruno e Dulcinéia trabalham em uma doceria e não conseguem segurar a paixão por doces. “Quando a vontade bate eu acabo comendo. A consciência pesa um pouco mas não tem jeito, é inevitável”, diz Dulcinéia, que é caixa do estabelecimento há seis anos.


O mesmo acontece com a vendedora Ligia da Silva. A juiz-forana, de 36 anos, trabalha há 16 vendendo hambúrgueres na sua lanchonete. Ela alega que come sanduíche todo dia e, por incrível que pareça, nunca teve problemas de saúde. “Faço exames periodicamente e caminho todo dia, por isso estou dentro do peso indicado para a minha altura”, comenta Ligia.

Parece impossível, mas não é. Prova disso foi a experiência de um americano que passou 90 dias se alimentando somente de fast-food e emagreceu 16 quilos. John Cisna, que é professor nos EUA, mostra que perder peso é uma questão de matemática e conciliou essa dieta polêmica com exercícios físicos diários. O resultado foi surpreendente.


Outro exemplo é o do aposentado José Luiz Narciso. Ele perdeu 45 quilos nos últimos três anos apesar de uma alimentação que inclui feijoada e rabada. O segredo de cair dos 135 quilos para a casa dos 90 está na entrevista cedida por ele. Confira no áudio abaixo.

Entrevista José Luiz

Apesar da possibilidade de emagrecer com base no trash food, é preciso ter em mente que o melhor caminho a ser seguido é o da alimentação saudável. Mas não sejamos xiitas. Basta ter uma dieta balanceada que será possível perder peso sem grandes sacrifícios. A nutricionista Adélia Costa explica no vídeo abaixo a importância do bom senso para manter a plena saúde do corpo.




terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Em busca do equilíbrio

Juizforanos têm dificuldades para encontrar restaurantes naturais na cidade


É meio-dia, horário de pico da maioria dos restaurantes comuns. Na entrada do bairro Bom Pastor uma imagem chama a atenção. Um quiosque com visual praiano, ao lado da Avenida Rio Branco, começa a lotar. Pessoas, aparentemente apressadas, buscam terminar seu almoço e voltar ao trabalho a tempo de não receberem uma bronca do chefe.

No cardápio, algo diferente. Os usuais arroz, feijão, bife e batata frita dão lugar a diversos tipos de saladas, acompanhadas de carnes magras e sucos naturais. Opções saudáveis para quem busca uma alimentação mais equilibrada e a paz com a balança.

Sucos, saladas e grelhados são os principais pratos do cardápio
(Foto: Matheus Pinheiro)
Famosa lanchonete fast-food é localizada ao lado do restaurante
(Foto: Matheus Pinheiro) 
A 15 metros dali, um grande M amarelo se destaca. O maior representante da culinária fast-food no mundo se encontra a poucos passos do quiosque. O “céu e o inferno separados por uma pequena rua”, diz um morador local.  E de fato é o que parece. Num dos lados a redenção de se alimentar bem, e no outro a tentação de ver um hamburguer com três carnes e cheddar num banner do tamanho de um carro.



Visual praiano do local
(Foto: Matheus Pinheiro)

Mesmo com o “inimigo” morando ao lado, a gerente do restaurante natural, Ana Paula Souza, garante que o movimento tem crescido. “O verão é um fator de grande importância, já que nessa estação as pessoas buscam se cuidar mais”, afirma. No entanto, ela diz que o ideal é ter esse cuidado ao longo de todo o ano, pois traz inúmeros benefícios para o corpo.

É o que acontece com a juiz-forana Elen Marin. Ela é caixa em um restaurante vegetariano há dois meses e já sente a diferença da nova alimentação no próprio organismo. “Mesmo estando há tão pouco tempo aqui já me sinto melhor e mais disposta para o dia a dia. É incrível como uma dieta balanceada faz toda a diferença na nossa saúde.”

Porém, encontrar lugares que forneçam esse tipo de alimentação é uma tarefa complicada. É o que diz a estudante Walesca dos Reis, de 19 anos. A jovem alega que na maioria das vezes precisa cozinhar devido a essa dificuldade. “É muito comum os estabelecimentos não estarem preparados para atender a essa pequena demanda, mas que vem crescendo a cada dia”. 

O pequeno número de locais voltados à alimentação saudável faz com que a maioria dos clientes acabem se tornando frequentadores assíduos desses restaurantes. Anilton Ribeiro tem 56 anos e almoça quase sempre no Vegetariano JF. Confira abaixo a nossa entrevista com ele.


Anilton nos mostra seu prato repleto de legumes e vegetais
(Foto: Matheus Pinheiro)

Apesar da dificuldade em se alimentar bem, no centro de Juiz de Fora, a nutricionista Adélia Costa traz no vídeo abaixo as principais dicas para se ter uma alimentação saudável.





quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Nosso blog

Já dizia o clássico infantil: “comer comer é o melhor para poder crescer”. Aprendemos também que os homens das cavernas caçavam e se alimentavam basicamente como forma de sobrevivência. De fato, a alimentação sempre foi um dos pilares do desenvolvimento humano, mas, cá entre nós, comer é muito mais do que uma mera necessidade fisiológica. Comer é arte!

E é dessa arte que o nosso blog vai tratar. Vamos reportar os hábitos alimentares do povo juizforano, abordando desde os costumes mais saudáveis, até a vida dos amantes do trash food, do lixo alimentar. Dos sanduíches naturais com peito de peru, às tiras de bacon envoltas em cheddar. Apoiados por nutricionistas, iremos falar da importância de se ter uma dieta balanceada em nutrientes, mas também da possibilidade de se escapar vez ou outra para um bom pedaço de pizza.


Garfo e faca em mãos, venha conhecer nosso blog e saciar sua fome de informação!